Surrada de sol,
faminta de lua,
à beira do abismo
sacia-se nua.
Seu corpo é tristeza,
saudade e medo,
desfez da beleza,
vendeu seus segredos.
Chorou ao relento,
quebrou o espelho,
jogou-se ao vento
sem rumo, sem esteio.
Vadio no inferno,
bebeu todo o céu,
morreu no inverno
sem sonhos ao léu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário