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26/06/2013

Sob a Cândida Noite de Inverno

                                                                            Mote

E foi nos vales verdes,
longinguos e frios
sob o sorriso pálido
e resplandecente da lua
- enquanto o vento orvalhado
das árvores dançantes 
tocavam sinuosos
os rubros cabelos -
que ela cavalgou
rumo ao palácio do amor.

...E não houve névoas ou espinhos
que impedissem que o céu fosse
testemunha de um novo começo.

Vem a chuva, busco seu beijo
e torno-me menino a brincar
com seus lábios, enquanto os
meus dedos escrevem uma canção
em seu corpo suave e doce.

O velho abacateiro no alto
da serra, sob a cândida noite
de inverno, testemunhou nossa dança
e nos contou como sobreviver
a tempestades.

Entre flores e vigorosos sussurros,
o calor de nossos corpos nos fez
esquecer o passado frio
de nossas almas.

Então, entre nuvens te desejei
e após o amor, adormeci
num raio ensolarado em seu colo
de estrelas.

São Gonçalo, 24 de junho de 2013.


2 comentários:

ASAS disse...

NOssa, lindos os teus poemas, estava lendo-os, parabéns lindos demais...

Romulo Narducci disse...

Obrigado, Márcia. Seja sempre bem-vinda!