do monstro interior,
diante do inquisidor,
diante do tudo
e diante do nada,
de um copo de uísque
que vai me atirar na lama,
diante da mulher perfeita,
diante do mito,
da mentira,
da verdade que
propõe-se absoluta
e da oração que se cala
com medo do escuro,
diante da arma apontada
contra o peito frágil,
diante da minha cara
com a barba por fazer
a embaçar o espelho,
diante do novo
e do antigo jamais lembrado,
diante da vergonha,
do medo de amar
e da fácil conduta do desprezo,
diante de você,
da entrega do coração
e da morte da alma,
diante de todos os conceitos
pré-concebidos em livros
empoeirados e licenciosos,
diante da possibilidade,
da necessidade,
da atitude e da omissão,
eu simplesmente
sou ninguém.
São Gonçalo, 17 de agosto de 2011.
4 comentários:
Bom demais!!
Linda poesia Romulo...
Obrigado, querida!
Sem palavras
falta-me palavras
depois de um avalanche em palavras
Profundo!!!!! Linda!!!! Bjs
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