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09/08/2011

Meu Peito é Um Cais II

Se meu peito é um cais
e minha alma voa como o vento,
o meu coração está na arrebentação
e observa dolorido
as naus que partem
e se perdem no oceano.

O sol frio como uma laranja
se espreme entre montanhas
e faz o dia se dissipar
como as ondas.

O escuro da noite se verte
e o vinho é o mar dos
desesperados e náufragos
dos desejos.

O que o mar traz, o mar sempre leva.

E vejo a nau partir, mais uma
que se perde ao horizonte
com o crepúsculo e o aroma
de maresia que consome
e enferruja meus sentimentos.

Quem sabe a nau
não achará um porto mais seguro
para ancorar a sua paixão?

E meu cais, mais uma vez se fechará
tomado pela ressaca e o anseio
da desilusão.

São Gonçalo, 09 de agosto de 2011.


2 comentários:

Murillo Peres disse...

Fantástico!!!

Arcanjo disse...

Muito bom esse poema e ficou incrível a forma como você o declamou na Taverna ontem. Eu sou aquele que falou com você no fim do evento sobre a possibilidade de me apresentar:

tel - 8742-0833
Orkut - http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=1218406559800831515

facebook - http://www.facebook.com/profile.php?id=100000599202030

vou ficar no aguardo de sua resposta.