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06/07/2011

A Herança do Boêmio

Já estive perdido em escuridões da alma,
já estive no claustro infernal do desejo,
bebi e me embriaguei com as meliads
e cantei à noite do esquecimento.
Hoje, um rei sátiro sem reino, oblíquo
desfazedor do que nunca foi planejado,
enamorado das angustiadas musas
e  escritor de versos jogados ao vento.
O passado rasga o meu presente
e sinto saudades do futuro, que reluz
opaca e fosca luz no fim do túnel
que já não sei se quero cruzar.
Vou fazendo história com meu sangue
e pisando onde não nascerá mais grama,
deixo o meu caminho como herança boêmia
para os que acreditam cegamente
em poetas loucos, pobres, torpes e saudosistas.


São Gonçalo, 06 de julho de 2011.

2 comentários:

Carlos Orfeu disse...

Poema este desnuda as pálpebras
marcando-as com á túmidez dos versos
sentidos,sorvidos e na alma
dói,dói....
Acredito como outros tambem acreditam
nesta perpétua arte.
Escrevendo poemas há sangue e fel
na beira da vida rasgando seu véu.
Sempre retorno aqui para lê-lo,poemas estes que me inebria mais que os destilados baratos,hauridos rapidamente,mais está embriaguez das palavras deixam seus delírios piscodelicos
no ser que se debruça e pensa em cada verso lido.

Poemista disse...

Desnuda mesmo
ta lirico
ferve nas entranhas
convida
aquece
faz chorar e acende este clarao poetico em nós
relampagoq no ceu adormece ,QUEIMANDO
acompanhado de garganta e conhaque!
a foto tb ficou bem bacana rsrsrsevoé
Zé Rominho!


Hannildes!