e fenece na terra árida,
o mel já não é mel
e a chama já não se espalha.
Todo dia parece domingo
e toda lágrima já não seca,
a tristeza invade a alma,
a paz cede à guerra.
O fulgor, o alvorecer,
o gosto do leite com biscoitos,
a dor, o esvaecer.
Todo dia o sol beija a janela
e às vezes se cobre de nuvens escuras.
O copo é porta de saída
do líquido que a alma já não cura.
A chama, enfim, se apaga...
O domingo que nunca anoitece,
o corpo deitado na cama
para sentir o peso das coisas
que esquece... entra maio...
São Gonçalo, 28 de abril de 2011.
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4 comentários:
A melhor forma de um poeta exorcizar seus fantasmas é assim... Sentimos as dores mais densamente que qualquer outra pessoa, somos seres à parte.
Quanto mais aguda a dor, mais profundas são as palavras no branco do papel.
Mas não adianta ter o que dizer se o poeta não sabe fazê-lo... e vc sabe poetizar como ninguém.
É sempre bom ler seus versos meu amigo.
Obrigada.
Beijos doces!
é ti Rominho
nesse vc me fez chorar como ha muito não havia
mas a causa é boa
qtos nao tem o privilegio de chorar por um bom e belo poema!
abração
Qzuvia hehehe
Poema que nesta gélida manhã
trouxe iluminuras ao peito
morada de tantas dores.
poema belo,palavras cintilantes
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