de meus instintos a contemplar
a tez perene dos anjos notívagos
que vagam e se embriagam
com risos, lágrimas
e toda a voracidade
da perene existência
entre o céu e a terra.
Mergulhar nos braços
e beijar os seios do pecado
nos becos fétidos
e torpes da cidade
inebria-me na constância
fugaz e inane.
Sorvo minha dor,
dou boa noite à solidão
e durmo estrelas
sobre o corpo
ressequido e ferido pelo mundo.
Desfilo mil palavras
em minha mente de esperanças
apagadas e ressuscitadas
e me renego diante
do reflexo distorcido do lago.
São Gonçalo, 2006.
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