Flano através da Zé Garoto
na noite cálida e quente
de um verão infernal
de prantos e desgostos,
com minha marcha indiferente.
A lua não me sorri,
o céu se abre e se fecha.
Confesso nessa poesia maldita,
que por minutos até morri.
A minha música
já não toca em nenhuma festa.
O chafariz que antes, com luzes,
borrifava êxtase colorido,
repousa agora na alta noite
como repousa meu coração
medonho, num túmulo profundo
que é o meu peito dolorido.
Então, numa lenta sinfonia,
contemplo o dia diluir a noite.
Os pássaros compadecidos
cantam minha agonia
e o chafariz desperta prateado
no poeta, uma lágrima de açoite.
São Gonçalo, 15 de setembro de 2006.
Um comentário:
inefàvel ode,onde sorvi deste nectar num dia cinza,qauntas vezes flanando entre os doridos e lentos passos nestas belas palavras contempladas voltei-me ha imagens de noites desiludidas
ass:luiz carlos
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