Para Rodrigo Santos
"Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangrenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?"
Álvares de Azevedo
Amigo Bardo, abra tuas asas
de velho corvo
e ponteie na pálidas folhas
de um papel uma outra dimensão.
Dionisíaco saber em orações
desregradas, clamor eterno,
belas maldições e satíricos perjuros,
entoe as canções mais antigas.
E em seu furioso e magistral
cântico, brindemos com a taça
do destino e batamos com os pés
empoeirados na cidade dormitório vazia.
Amigo Bardo, dance teus versos
como flechas de culpido envenenadas
e retumbe com teus cascos fendidos
sobre os túmulos de medíocres,
covardes, hipócritas e descrentes.
Façamos de sua poesia nossa oração,
para conclamarmos a vitória de Pan
numa noite enluarada, no canto escuro
de uma taverna vazia, onde escreves
mais uma vez a sua mística alma para o mundo.
Evoé!
São Gonçalo, 11 de agosto de 2010.
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2 comentários:
Porra... Nem o que dizer. Só que me sinto honrado em lutar ombro a ombro contigo nesse pelotão de loucos varridos.
Obrigado, cara. E EVOÉ!
Metáforas intensas que nos levam às lagrimas... lindos versos!
O bardo merece!!
Beijo.
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