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21/12/2008

Tédio Xadrês (Ou Ode à Minha Geração)

Mil novecentos e noventa e alguma coisa...

Somos o reflexo da geração do tédio xadrez,
embalados, bebês barbudos, em flanela
sob o sol de 40º bebendo cerveja
até a esquina do nunca onde dormem
nossos sonhos tortos distorcidos
numa guitarra Fender canhota.
Somos filhos do medo
de não haver um amanhã,
sem sabermos que a cada momento
o hoje se transforma no depois.
Lágrimas e temas fizeram
de nossa conduta pseudo-rebelde
um ato de omissão!
SOMOS O NÃO!
É...
...nós e nossos ídolos tortos
que berravam anêmicos para a multidão
de descrentes e descontentes...
Jogados nos cantos do submundo
nos encontramos com nós mesmos
em espelhos quebrados
e respingados de sangue.

Niterói, 03 de dezembro de 2002.

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