e beija o asfalto.
Flamboyant vermelho,
asfalto cinza...
O molho está salgado,
febre de 39°,
vista embassada,
boca amarga...
A idade avança
e a esperança estagna.
Já não há verdade sob o céu
ou a mentira é tão falsa
quanto sua própria natureza.
E eu, mesmo que me atire
sobre o muro numa folha
de papel e beije o asfalto
- eu encardido, asfalto cinza -
Não passarei de um poema
sem qualquer sentido.
São Gonçalo, 01 de outubro de 2012.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário