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30/11/2011

Supernova


São nuvens que cobrem o céu,
são lágrimas que caem ao chão,
são corpos que se tocam, que gozam
e que se ferem profundamente
em suas almas vazias.
As
estrelas brilham 
- mesmo se já não estiverem no seu local de origem -
e se propagam em ondas...
Supernova
tudo
se
re
nova.

Já não sei quem virá
em um novo amanhecer.
Mas eu sei que a noite
nunca é eterna e toda
escuridão tem seu fim.

São luzes ao horizonte,
e já tenho dúvidas
de que o universo é um só,
de que só amamos uma vez,
de que a morte é única,
(já que viramos matéria
e alimentamos a terra),
de que a dor é dor
para que possamos
nos deliciar com o seu alívio,
de que mundo tem jeito,
de que o céu não seja um
licor de anis e as nuvens
não sejam de açúcar.

Já não sei da lua, nem dos mistérios
de seu lado negro e oculto.
Dizem que São Jorge mora lá,
mas acho que ele não suportaria
a intensidade da Supernova.

São Gonçalo, 30 de novembro de 2011.

Um comentário:

evelyn disse...

que o mar é apenas gota que reflete estrelas, amplidão, vastidão, explosão vulcanica, pulsação, paixão, imensidão, tudo que vai além, só uma partícula, somos tanto, não sendo.
Intrigante conteúdo de seu blog, altamente enigmático, sensacional
docenuvemcolorida.wordpress.com