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14/09/2011

A Um Cão Vadio

Te compreendo amigo.
Vagas a sós a mendigar
comida e carinho.
Os olhares se privam
de sua presença.
Já não lates a estranhos,
não corres atrás de pneus
ou te escondes de rojões.
Sobrevives solitário e apático
dentro de seu território demarcado.

Tu és magro, amigo,
de dar dó.
Seus pêlos brancos, empoeirados,
curtos e desgastados.
Focinho fino, olhos negros
e tristes
sem nenhuma consoloação...
És como a lua encoberta
pelas nuvens,
que já não te inspiras fé,
para saudá-la
com seu uivo.

Niterói (Praça de São Domingos), 28 de setembro de 2006.


3 comentários:

Janaína da Cunha disse...

Lindo, meu amigo... tem tudo haver com a campanha e o projeto Vira-Latas. Parabéns pela inspiração... Evoé!

Anônimo disse...

e essa é uma das mais antigas porem(lamentavelmente ainda atualissima)e tocante
Temos mesmo q pregar a posse Responsavel!

Parabens
e evoé auau Rominho!


Hannar Lorien.

Anônimo disse...

Sem palavras para estes novos poemas
que acabei de contemplar,sem palavras
para o sublime!

Luiz Carlos