em torno de nossos próprios destinos,
vendendo barato as nossas almas
e batemos de frente contra o muro.
Bebemos nossas dores
e angústias nos cantos dos bares
e comemos nos pratos vazios
da coragem e o entupimos de orgulho.
Andamos em círculos
na estrada sem fim e não
encontramos nenhum tijolo amarelo,
mas certamente lá está o muro.
Nos vestimos como putas da alta sociedade
e oramos baixinho para Deus
não ouvir nossos pecados.
E batemos impreterivelmente contra o muro.
O círculo se fecha e já não mais caminhamos,
As lágrimas já secaram e o choro, ah, o choro
é apenas um tênue murmúrio
que jamais atravessará o outro lado do muro.
São Gonçalo, 26 de janeiro de 2011.
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